primeira ordem de ideias: a barriga é minha e serve para acolher o meu bebé durante o tempo que lhe for necessário. não é, portanto, um objecto público de adoração, no qual qualquer pessoa pode tocar, ou como acontece em casos mais extremos (que me deixam fora de mim), até beijar!! repito, a barriga é minha e eu acho um abuso que todo o mundo lhe toque sem sequer me pedir autorização.
segunda ordem de ideias (esta, capaz de ferir susceptibilidades e criar grandes animosidades para com a minha pessoa, sim, mais do que a anterior, se é que isso é possível neste fantástico mundo da maternidade!): eu continuo a não achar gracinha nenhuma aos bebés de um modo geral. estou cansadinha do constrangimento que me é infligido de cada vez que passo por um bebé e não me desfaço em ‘gugus dadás, cutchi cutchis, ai ai é tão fofinho’. – ‘carmen, tu não viste?!! tão querido e engraçado, não era?’
eu, quando vejo, vejo um bebé a chorar porque tem fome ou está sujo, ou simplesmente a dormir! eu, vou certamente amar muito o meu bebé, mas for christ's sake, um bebé é um bebé! um bebé a chorar, a mamar, a papar, a dormir não tem que ter gracinha. shame on me, que não lhes acho!